segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

Em nome das colegas de português e no meu, dirigimo-nos à nossa colega Isabel Borges, destacando o empenho e o profissionalismo com que trabalhou, ao longo de mais de um ano, quer com os alunos quer connosco, e salientamos o seu espírito jovial e criativo que enriqueciam o nosso dia-a-dia.

Desejamos à professora Isabel Borges muito êxito pessoal e profissional.

Queremos ainda sublinhar a celeridade com que a substituição da nossa colega foi tramitada, agradecendo a todos os envolvidos neste processo.
Deste modo, temos já connosco a colega Tatiana Augusto Huarte a quem queremos publicamente saudar e desejar-lhe as maiores felicidades no Instituto Espanhol Giner de los Ríos.


Deolinda Monteiro



Algés, 16 de Janeiro de 2009

quinta-feira, 15 de janeiro de 2009

Vestígios Romanos

Portugal e os Romanos!

No decorrer das aulas de História e Geografia de Portugal, os alunos do 5ºC dedicaram-se a descobrir o património que nos deixaram os Romanos.
O território nacional foi dividido em regiões e cada grupo de alunos teve a tarefa de trabalhar cada uma delas.
Toda a informação recolhida em casa foi trabalhada em aula.

O resultado...o resultado foi o que se pode ver!

terça-feira, 23 de dezembro de 2008

É Natal!!!

No âmbito desta quadra natalícia os meninos e meninas da infantil mostram aqui algumas das actividades que desenvolveram para celebrar, aquela que consideram ser uma das épocas mais mágicas das suas vidas. Ora vejam!

Os de 3 anos deliciaram-se a pintar uma bonita estrela para colocarem na árvore de Natal!



Os alunos 4 anos coloriram uma árvore transformando-as em belíssimas obras de arte.


Quanto aos meninos e meninas de 5 anos trabalharam o papel , e através do corte obtiveram este maravilhoso resultado!

MUSEU DO ORIENTE

Fomos ao Museu do Oriente!

Na manhã do dia 10 de Dezembro, a turma do 3º C da Primária realizou uma visita de estudo ao Museu do Oriente.
Previamente, a professora encarregou cada aluno de trazer para a sala de aula uma determinada especiaria e explicitou um conjunto de aspectos relacionados com o tema: para que serve uma especiaria, como se usa, quais as principais na gastronomia portuguesa, etc.
Seguiu-se a fase da tradução para espanhol de cada termo, alguns fizeram-no sem ajuda e outros recorreram ao dicionário. De seguida, e sempre com a supervisão da professora, cada um deles pesquisou na internet informações básicas sobre a “sua” especiaria.

Chegados ao Museu, numa primeira fase, a guia explicou-nos que este tinha sido inaugurado no mês de Março do presente ano e que antigamente era um armazém frigorífico de bacalhau bastante importante não só pela sua localização geográfica estratégica, mas também pelas suas dimensões bastante consideráveis.
Seguimos depois para a exposição Deuses da Ásia: ficámos a conhecer a Dança de Barong, típica da Indonésia (Bali), o Altar de Durga (proveniente da Índia), entre outros.
Também foi explicitada a origem e a importância do chá: cheiraram e conseguiram identificar algumas infusões, nomeadamente o chá branco, o chá preto e o chá verde.
Na segunda fase da visita, participaram na Oficina “Cheirinho a Oriente”: leram e partilharam algumas informações sobre as rotas das especiarias, a importância comercial e monetária das especiarias na época dos Descobrimentos, as várias utilizações nos dias que correm (cosmética, medicina e culinária).
Sabiam que antigamente o açafrão servia para estancar o sangue das feridas?
Depois veio a parte mais divertida: misturaram, num recipiente, canela com água, açafrão com água e finalizaram o desenho com as sementes do anis estrelado. Cada um desenhou o que mais gostou de ver nessa manhã. Ainda tentámos seleccionar os mais criativos, mas, por fim… ganharam todos!

Assim sendo, todos usaram os 4 sentidos: a visão, o olfacto, o tacto e a audição. O 5º sentido terá que ser posto à prova na cozinha lá de casa!

quinta-feira, 18 de dezembro de 2008


No âmbito da homenagem que tem sido levada a cabo no Instituto a propósito dos “25 años sin la mirada de Luís Buñuel”, no dia 10 de Dezembro, os alunos dos quartos anos da ESO, 1º e 2º do Bachillerato tiveram ocasião de assistir a uma excelente conferência sobre o Surrealismo em Português. A referida lição que foi proferida pela Professora Laurinda Bom abordou este movimento artístico e literário desde as suas origens na França dos anos 20, inserindo-o no contexto das vanguardas europeias. Laurinda Bom mostrou peças de Salvador Dali, Man Ray, Alexandre O’Neill, Mário Henrique Leiria, Cruzeiro Seixas, Jorge Vieira, Marcelino Vespeira, António Domingues, António Pedro, Fernando de Azevedo, Moniz Pereira, Júlio Pomar e Mário Cesariny. Para além de se referir às novas técnicas, aos materiais e à transgressão que este movimento pressupõe, sublinhou ainda o contexto histórico português da época. Terminou a sua intervenção com a leitura de poemas de Alexandre O’Neill e de Mário Cesariny.

De sublinhar o interesse dos alunos envolvidos, manifestado pela atenção dispensada e pelas pertinentes questões que colocaram à Professora Laurinda Bom que, de forma clara, concisa e eloquente lhes respondeu, bastante sensibilizada.


Deolinda Monteiro

quinta-feira, 11 de dezembro de 2008

A poluição na cidade

Os alunos do 3ºC fizeram, em grupos de dois, uma banda desenhada subordinada ao tema “A Poluição na Cidade”.
Em aula abordámos a poluição atmosférica e sonora tendo como base o texto “A Cidade dos Automóveis”, de Maria Cândida Mendonça.

terça-feira, 25 de novembro de 2008


Ángel Campos Pámpano faleceu
O escritor Ángel Campos Pámpano que nasceu em 1957 em San Vicente de Alcántara, Badajoz, morreu esta manhã, vítima de complicações pós-cirúrgicas, no Hospital Infanta Cristina, em Badajoz.
Ángel Campos Pámpano, galardoado com o Prémio Eduardo Lourenço 2008, iria receber o seu prémio no dia 27 de Novembro, na cidade da Guarda. A família será representada pela Conselheira da Cultura e Turismo da Junta da Extremadura.
O escritor foi presidente da Associação de Escritores Extremenhos e em 1992 fundou a Aula de Poesia Enrique Díez-Canedo de Badajoz, sob a égide dessa Associação, na qual implicou escritores e alunos de escolas, envolvendo a comunidade.
Ángel Campos Pámpano foi poeta, tradutor, editor e profesor, director e fundador das revistas bilingües Espacio/Espaço Escrito e Hablar/Falar de Poesia, traduziu grandes nomes da poesia portuguesa como Fernando Pessoa, António Ramos Rosa, Carlos de Oliveira, Eugénio de Andrade, Ruy Belo, Al Berto, Sophia de Mello Breyner Andresen com que recebeu o prémio de tradução Giovanni Pontiero, com a edição de Nocturno Mediodía, em 2006.
Em 2005, foi-lhe concedido o Prémio Extremadura a la Creación, com a publicação de um entrañable livro de poesia, dedicado a sua mãe, La Semilla en la Nieve.
Ángel Campos Pámpano, licenciado em Filologia Hispânica pela Universidade de Salamanca, foi professor (2002-2008) no Instituto Español de Lisboa, Giner de los Ríos. Nos últimos dois anos acumulou as funções de Vice-director para se dedicar às Comemorações do 75ª Aniversário da inauguração do referido Instituto, tendo concebido e planeado inúmeras actividades que lhe granjearam a amizade, o respeito e admiração de toda a comunidade educativa.
Esta manhã na sua Ciudad Blanca sentia-se um luto profundo.

OBRA

Traduções

Fernando Pessoa, Odas/Odes de Ricardo Reis. ( 1980)
Antonio Ramos Rosa, Ciclo del caballo (1985)
Mario Neves, La Matanza de Badajoz (1986)
Carlos de Oliveira, Micropaisaje (1987)
Fernando Pessoa, El marinero ; En la floresta del enajenamiento (1988)
Eugénio de Andrade, El otro nombre de la tierra (1989)
Antonio Ramos Rosa, Tres lecciones materiales (1990)
Adolfo A. Ruy de Moura Belo, País posible (1991)
Al Berto, Una existencia de papel (1992)
José Saramago, El año de 1993 (1996)
Mário de Sá-Carneiro, La confesión de Lucio (1996)
Fernando Pessoa, Odas de Ricardo Reis (1998)
Fernando Pessoa, Poesías completas de Alberto Caeiro (1997)
Fernando Pessoa, Odas de Ricardo Reis (1999)
Eugénio de Andrade, La sal de la lengua (1999)
Fernando Pessoa, Un corazón de nadie : antología poética (1913-1935) (2001 y 2004)
Eugénio de Andrade, Todo el oro del día (2004)
Eugénio de Andrade, Materia solar y otros libros : obra selecta (1980-2002) (2004)
Sofia de Melo Breyner Andresen, Nocturno mediodía : antología poética (1944-2001) (2004)
José Saramago. Poesía Completa (2005)
António Ramos Rosa, Las palabras más pobres (Antología Poética) (2006)
Carlos de Oliveira, Entre dos memorias. (Antología Poética) (2007)
Fernando Pessoa, Lo mejor del mundo son los niños (Antología Poética). (2008)


Antologias

Coeditou com Álvaro Valverde Abierto al aire. Antología consultada poetas extremeños (1971-1984) (1985).
É o responsável de Los nombres del mar. Poesía portuguesa 1974-1984. (1985)

Obra poética

Materia del olvido (1986)
La ciudad blanca (1988)
Caligrafías (1989) en colaboración con el pintor Javier Fernández de Molina
Siquiera este refugio (1993)
Como el color azul de las vocales (1993)
De Ángela (1994)
La voz en espiral (1998)
El cielo casi (1999)
El cielo sobre Berlín (1999) con serigrafías de Luis Costillo
Jola (2004) en edición bilingüe, con traducción al portugués de Ruy Ventura y fotografías de Antonio Covarsí
La semilla en la nieve (2004)
Por aprender del aire, con dibujos de Javier fernández de Molina (2005)
La vida de otro modo. Poesía reunida 1983-2008. Introducción de Miguel Ángel Lama. (2008)

Entre outras antologias, a sua obra foi incluída em Las ínsulas extrañas. Antologia de poesia em espanhol (1950-2000), ao cuidado de J. A. Valente, Andrés Sánchez Robayna, Blanca Varela e Eduardo Milán e em Campo Abierto (antologia do poema em prosa em Espanha a cargo de Marta Agudo e Carlos Jimenez Arribas.


HOMENAGEM

Poema de Ángel Campos Pámpano



EL PATIO

sabrás que lo que queda
es tan sólo una ausencia compartida
un otoño más lento que este otoño

han brotado sin ti
un par de rosas nuevas en el patio

han nacido sin ti
tú ya no puedes
pedirle a alguien que te las acerque
que las coloque en un vaso con agua
ahí frente a tus ojos

ya no puedes mirar
ni las rosas del patio
ni la grieta del muro
que se abre sin ti
sin que tus manos puedan hacer nada
para cerrar la herida

no hay silencio más rígido
que el de este patio ahora

sin ti

muda soledad que no cobija
que se impone como luz desconchada
que olvidara la cal de donde nace
como ese óxido
que arraiga para siempre en el desagüe

va cayendo la tarde desatenta
ajena a la derrota
que crece desde ti confusamente

y ajena también a la quietud de los geranios
que tus manos podaban

a la desolación

sabrás que lo queda es el fulgor
de la presencia tuya en las dos rosas
marchitas en el vaso




Com muita saudade.
Deolinda Monteiro


Fotografado por Juan Mayo, nos Jerónimos, por ocasião de Diálogos Peninsulares em Torno de Fernando Pessoa
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